Disgrafia

 

 

 

Disgrafia é uma dificuldade na escrita. Se o problema se prende com a correcção ortográfica a disfunção chama-se disortografia. Tal como para a dislexia, as causas das dificuldades na aprendizagem da escrita não podem ser devidas a défice cognitivo, razões sócio culturais ou a ensino deficiente. Pode haver dificuldades no grafismo ou desenho das letras, na ortografia ou ordenação correcta das letras que constituem a palavra, na correcção gramatical e pontuação, ou na organização e elaboração de erros. (Antunes, 2009).

As dificuldades da escrita podem existir logo desde o início da aprendizagem, mesmo quando as crianças desenvolvem competências noutras áreas. (Strecht, 2008)

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Manifesta-se, segundo Antunes (2009), através da diferença entre a capacidade oral escrita, na pontuação inexistente ou errática, erros frequentes de ortografia com omissão ou troca de letras, na ilegibilidade da escrita, nos espaços inconstantes entre letras e palavras, na posição anómala ou força excessiva das mãos e dedos, na atenção excessiva aos movimentos da escrita que é acompanhada por leitura audível à medida que se vai escrevendo, como que reforçada pela informação oral, na inconsistência na escrita com mistura de maiúsculas e minúsculas, letra de imprensa e manuscrita, na cópia lenta ainda que correcta e na dificuldade em pôr os pensamentos no papel.

A escrita, segundo Fávero (2003), exige do aprendiz desenvolvimento da estruturação espácio-temporal; destreza motora para o suporte do lápis; motricidade global e manual sem perturbações importantes, suficiente implantação e definição da lateralidade e adequado desenvolvimento perceptivo, visual e auditivo. Para a autora um elevado número de crianças apresenta disgrafia por deficiências de adaptação psicomotora.

 

Exemplo de um texto de uma criança de 9 anos, diagnosticada com disgrafia:

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Fávero, M.T.M. & Calsa, G.C. (2003). As razões do corpo: psicomotricidade e disgrafia. I Encontro paranaense de psicopedagogia

 

Antunes, Nuno Lobo (2009). “Mal-entendidos: da hiperactividade à síndrome de Asperger, da dislexia às perturbações do sono. As respostas que procura”. Lisboa: Verso da capa.