Nos últimos anos, tem-se verificado a um aumento do número de alunos com dificuldades de aprendizagem, tendo passado, em Portugal, de umas dezenas de milhar para mais de uma centena de milhar. Actualmente, estes alunos constituem cerca de metade da população estudantil com necessidades educativas especiais (Correia, 2008).
Assiste-se a uma completa confusão na tentativa de definir as dificuldades de aprendizagem, existindo diversas opiniões, que vêm a reflectir-se numa inadequada identificação e prestação de serviços. O apoio que estes alunos necessitam, de acordo com as suas necessidades e características, é praticamente inexistente e, em muitos casos, é-lhes até nocivo, criando situações futuras em que a delinquência juvenil e o desemprego prevalecem. E a confusão é tanto maior, quanto maior é o desentendimento sobre o conceito de Dificuldade de Aprendizagem.
Assim, partindo de uma perspectiva geral dos diferentes conceitos, conseguimos obter o suporte para compreender cada uma das dificuldades de aprendizagem na sua especificidade e perceber as possibilidades de actuação no campo da Psicomotricidade.
CORREIA, Luís de Miranda (2008). “A escola contemporânea e a inclusão de alunos com NEE – Considerações